Web 1.0 x Web 2.0

3 08 2008

Uma proposta para se entender as alterações entre a Web 1.0 para a Web 2.0 seria a de que, enquanto a primeira atuou, prioritariamente, como uma rede entre computadores, a segunda extrapola o caráter meramente tecnológico para formar uma rede entre indivíduos.

Na Wikipédia, a Web 2.0 é definida como uma “segunda geração de comunidades e serviços baseada na plataforma web, como wikis, aplicações baseadas em folksonomia e redes sociais”. Os três conceitos destacados ajudam na compreensão da proposta, uma vez que todos exploram conceitos de colaboratividade e de co-produção de conteúdos. Vejamos abaixo a definição desses termos pela Wikipédia.

Os wikis são softwares que permitem a produção e a edição de conteúdos colaborativamente. Dessa maneira, usuários podem publicar os documentos sem que o material necessariamente seja revisto por alguém que centraliza o processo.

Já a folksonomia foi um termo cunhado a partir da junção do vocábulo taxonomia – referente à criação de critérios de classificação para coisas ou seres – e folk (em inglês, povo). A proposta é de que os próprios usuários classifiquem conteúdos por meio de uma ou mais palavras-chave, as tags. Por meio delas é possível recuperar e compartilhar informações, além de identificar o quanto são acessadas por outros usuários.

Por último, o conceito de redes sociais remete à interação social e à formação de laços relacionais. Isso implica na livre escolha das pessoas em se conectar ou não a alguém, sendo livres para escolher com quem irão se relacionar.

Esses três conceitos trazem importantes contribuições para a reflexão sobre as diferenças entre a Web 1.0 e a Web 2.0. Embora haja autores que contestam a existência dessas duas “fases” da web, o que se percebe é que é incontestável o modo como vem se alterando a maneira como a rede mundial de computadores tem servido a seus usuários.

Robson da Silva Espig, no artigo O legado da Web 1.0 e as perspectivas da Web 2.0, lembra que, desde a década de 90, com sua popularização, a Internet tem evoluído a cada dia. Espig cita a economia proporcionada pela “Web 1.0” com a criação do e-mail e dos instant messangers e dos sistemas de intranet:

a rapidez e a agilidade de comunicação ajudaram não só funcionários, mas também clientes e fornecedores. (…) A troca de informação em redes de computadores possibilitou, além da economia de papel, telefone e fax, a tomada de decisões mais precisas e oportunas. Acelerou o fluxo de informação dentro da empresa.

Como podemos perceber, nesse primeiro momento o foco estava na troca do conteúdo e não na sua produção ou modos de compartilhamento entre usuários. Enfim: preocupações ainda muito limitadas ao seu caráter técnico.

O webdesigner Marcos Paulo, em entrevista à Revista Webdesign de janeiro de 2006, traz uma boa proposta para o que seria a Web 2.0, definindo-a como um movimento social que discute os fundamentos da rede, não uma versão de software ou de arquitetura de redes.

É esta a visão que aqui compartilhamos: mais que uma alteração técnica, a Web 2.0 vem com uma nova possibilidade de produção de conhecimento, incentivando o compartilhamento da informação e a produção em conjunto. Abre boas possibilidades para re-significarmos um mundo que tem se perdido em um universo de informações que fazem cada vez menos sentido para seus usuários.

Referências bibliográficas:

* http://eduspaces.net/scarr/files/6472/14565/Web+2.0.doc
* http://espig.blogspot.com/2007/10/web-20-mdulo-2-o-legado-da-web-10-e-as.html
* http://usabilidoido.com.br/web_20_no_brasil.html
* http://marcogomes.com/blog/2005/sobre-a-web-20/
* http://sala19maxial.blogs.sapo.pt/309.html
* http://pt.wikipedia.org/wiki/Web_2.0
* http://pt.wikipedia.org/wiki/Wiki
* http://pt.wikipedia.org/wiki/Folksonomia
* http://pt.wikipedia.org/wiki/Rede_social#Redes_Sociais_na_Internet


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