Rio para visitantes

10 08 2008

Dizer que o Rio de Janeiro continua lindo é “chover no molhado”. Mas nunca custa repetir. A cidade, cantada por poetas, músicos, literatos e afins, ainda mantém seu charme. Mesmo com os noticiários diários de violência.

E, mais que praia, Pão de Açúcar e Cristo, existem outros Rios a serem descobertos. Uma boa dica de passeio, é partindo do Largo do Carioca, acessível por metrô.

Estação da carioca e arredores

Estação da carioca e arredores

A estação é bem central, e de lá, com pequenas caminhadas, é possível acessar o Paço Imperial, o Palácio Tiradentes, o Teatro Municipal e a Biblioteca Nacional. Essas são apenas algumas das atrações famosas e próximas, mas, claro, um passeio por essa área revela várias outras surpresas não catalogadas.

Mas ficamos aqui com duas sugestões principais, feitas a partir do Carioca: uma visita à Confeitaria Colombo e um passeio de bonde ao bairro Santa Tereza.

A Confeitaria Colombo fica na Rua Gonçalves Dias (nº 32), perto da esquina com Sete de Setembro.

Interior da Confeitaria Colombo, com seus mais de cem anos de tradição no Centro do Rio

Interior da Confeitaria Colombo, com seus mais de cem anos de tradição no Centro do Rio

O espaço existe desde 1894 e já foi freqüentado por Ruy Barbosa, Olavo Bilac e Chiquinha Gonzaga, entre outros. Em seu interior, uma profusão de luzes e espelhos impressiona. Inevitável não se sentir inspirado pelo clima da Confeitaria. Vale testar os dotes literários e escrever um poema no guardanapo enquanto se espera pelo café.

De lá, a estação de embarque para o bondinho é bem perto. Uma boa referência é o prédio da Petrobras (a estação fica logo atrás e a construção é bem fácil de identificar). Para embarcar, basta pagar R$ 0,60. O passeio dura em média 20’, com direito a atravessar os famosos Arcos da Lapa. São duas rotas percorridas pelo bondinho, que saem em horários diferentes.

Um jeito diferente de ver os famosos Arcos da Lapa

Um jeito diferente de ver os famosos Arcos da Lapa

A dica para quem vai é seguir o percurso todo até o fim e, na volta descer para um passeio a pé pelas ruas do bairro, onde há várias atrações. Dentre elas, restaurantes variados, à escolha do freguês.

Para quem gosta de roupas customizadas e propostas diferentes, vale uma parada na lojinha da Favela Hype. Fica na altura do número 592, da Rua Almirante Alexandrino (que é por onde passa o bonde). A marca surgiu ali mesmo, no bairro Santa Tereza e trabalha sob duas orientações bem legais: a valorização de nosso clima tropical e o trabalho social junto a moradoras de favelas cariocas. Tentação inevitável para umas comprinhas.

Para sair do Santa Tereza, uma opção é, novamente, o bonde. Mas atenção: na volta, como o carro já está cheio, é difícil viajar sentado. Então, quem entra no meio do caminho acaba tendo que voltar pendurado no bonde. Opção ruim para quem não gosta de altura (já que os Arcos da Lapa são altos) ou para quem fez compras. Nesses casos, vale pegar o microônibus, que tem ponto final em frente à Estação Central do Brasil.

Belo ponto para o fim desse passeio pela história do Brasil.





Editando no IrfanView

10 08 2008

Edição de imagens (nem de vídeos, nem de áudio) nunca foi meu forte. Quando preciso melhorar as fotos, costumo macaquear com o Photoshop, ferramenta que tem muito mais recursos que minha vã filosofia é capaz de usar.

Para treinar, usei algumas imagens da Confeitaria Colombo, no Rio. Esta recebeu novo corte e ajuste.

Talvez por isso tenha gostado do InfanView (clique aqui para download) . O software é mais enxuto e tem menos funcionalidades. Isso facilita o manuseio para operações de baixa complexidade, como simplesmente recortar ou redimensionar uma imagem.

No início, pode parecer estranho, pois o layout é um pouco diferente, mas com pouco tempo é possível achar onde estão aquelas ferramentinhas básicas que a gente usa sempre (para recortar, balancear contraste/ brilho, deixar a foto em P&B).

Esta, também da Colombo, teve o tamanho reajustado.

Fica a dica para quem, como eu, não domina o photoshop, mas gosta de sempre dar um up nas fotos digitais.





Stress nos blogs

3 08 2008

Nesta semana, fomos convidados a um exercício de teste em buscadores da internet.

A missão: ver como Google, Yahoo, Alta Vista, Uol Radar, Clusty, Live Search, Ask e Dogpile se comportariam ao procurar na web pela expressão “cura do stress”.

O resultado: inegavelmente, a blogsfera está tomando conta da web. Entre as cinco primeiras entradas apontadas pelos buscadores, 40% mostravam o termo relacionado a blogs.

E entre os cinco endereços que mais tiveram entradas nos sistemas de busca, três eram de blogs (Palavoras, Populo e Lixo Tipo Especial).

Site/ blog

Entradas

1

palavoras

7

2

populo

6

3

praia de itaoca

4

4

lixo tipo especial

3

5

higiene ocupacional

2





Web 1.0 x Web 2.0

3 08 2008

Uma proposta para se entender as alterações entre a Web 1.0 para a Web 2.0 seria a de que, enquanto a primeira atuou, prioritariamente, como uma rede entre computadores, a segunda extrapola o caráter meramente tecnológico para formar uma rede entre indivíduos.

Na Wikipédia, a Web 2.0 é definida como uma “segunda geração de comunidades e serviços baseada na plataforma web, como wikis, aplicações baseadas em folksonomia e redes sociais”. Os três conceitos destacados ajudam na compreensão da proposta, uma vez que todos exploram conceitos de colaboratividade e de co-produção de conteúdos. Vejamos abaixo a definição desses termos pela Wikipédia.

Os wikis são softwares que permitem a produção e a edição de conteúdos colaborativamente. Dessa maneira, usuários podem publicar os documentos sem que o material necessariamente seja revisto por alguém que centraliza o processo.

Já a folksonomia foi um termo cunhado a partir da junção do vocábulo taxonomia – referente à criação de critérios de classificação para coisas ou seres – e folk (em inglês, povo). A proposta é de que os próprios usuários classifiquem conteúdos por meio de uma ou mais palavras-chave, as tags. Por meio delas é possível recuperar e compartilhar informações, além de identificar o quanto são acessadas por outros usuários.

Por último, o conceito de redes sociais remete à interação social e à formação de laços relacionais. Isso implica na livre escolha das pessoas em se conectar ou não a alguém, sendo livres para escolher com quem irão se relacionar.

Esses três conceitos trazem importantes contribuições para a reflexão sobre as diferenças entre a Web 1.0 e a Web 2.0. Embora haja autores que contestam a existência dessas duas “fases” da web, o que se percebe é que é incontestável o modo como vem se alterando a maneira como a rede mundial de computadores tem servido a seus usuários.

Robson da Silva Espig, no artigo O legado da Web 1.0 e as perspectivas da Web 2.0, lembra que, desde a década de 90, com sua popularização, a Internet tem evoluído a cada dia. Espig cita a economia proporcionada pela “Web 1.0” com a criação do e-mail e dos instant messangers e dos sistemas de intranet:

a rapidez e a agilidade de comunicação ajudaram não só funcionários, mas também clientes e fornecedores. (…) A troca de informação em redes de computadores possibilitou, além da economia de papel, telefone e fax, a tomada de decisões mais precisas e oportunas. Acelerou o fluxo de informação dentro da empresa.

Como podemos perceber, nesse primeiro momento o foco estava na troca do conteúdo e não na sua produção ou modos de compartilhamento entre usuários. Enfim: preocupações ainda muito limitadas ao seu caráter técnico.

O webdesigner Marcos Paulo, em entrevista à Revista Webdesign de janeiro de 2006, traz uma boa proposta para o que seria a Web 2.0, definindo-a como um movimento social que discute os fundamentos da rede, não uma versão de software ou de arquitetura de redes.

É esta a visão que aqui compartilhamos: mais que uma alteração técnica, a Web 2.0 vem com uma nova possibilidade de produção de conhecimento, incentivando o compartilhamento da informação e a produção em conjunto. Abre boas possibilidades para re-significarmos um mundo que tem se perdido em um universo de informações que fazem cada vez menos sentido para seus usuários.

Referências bibliográficas:

* http://eduspaces.net/scarr/files/6472/14565/Web+2.0.doc
* http://espig.blogspot.com/2007/10/web-20-mdulo-2-o-legado-da-web-10-e-as.html
* http://usabilidoido.com.br/web_20_no_brasil.html
* http://marcogomes.com/blog/2005/sobre-a-web-20/
* http://sala19maxial.blogs.sapo.pt/309.html
* http://pt.wikipedia.org/wiki/Web_2.0
* http://pt.wikipedia.org/wiki/Wiki
* http://pt.wikipedia.org/wiki/Folksonomia
* http://pt.wikipedia.org/wiki/Rede_social#Redes_Sociais_na_Internet